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140 Quilómetros Semanais Segundo Arthur Lydiard

Rumo aos 160K segundo Arthur Lydiard: Um novo máximo! (Parte 5)

O meu primeiro artigo de 2020 corresponde a uma nova atualização do plano de treino que tenho posto em prática. Como disse no início de dezembro passado, seria difícil estabelecer um novo máximo de quilómetros ainda em 2019 tendo em conta os desafios competitivos que se aproximavam e que me iriam obrigar a abrandar nos treinos aeróbicos ativos.

Amigos, a verdade é que foi possível! Isto apesar de ter acrescentado mais competição do que aquela que tinha programado. O novo máximo ronda agora os 141K. Um valor que, posso já adiantar, não será ultrapassado até à Maratona de Sevilha deste ano, nem até eu dar uma volta completa à metodologia de treino de Arthur Lydiard e reentrar nesta primeira fase de trabalhos. Seguem-se os detalhes.

 

Barreira dos 140K a ritmo aeróbico ativo ultrapassada!

O salto foi de facto significativo, pois em finais de novembro contabilizava 133.93K em 8 horas e 59 minutos de trabalho. Relembro que não tenho feito bidiários e que isto corresponde a 7 treinos.

A minha janela de oportunidade surgiu em meados de dezembro, dias antes de fazer a minha estreia nos 1500 metros na pista e que não estava nos meus planos. Mas como se tratava de uma estreia e queria apenas estabelecer uma marca, só abrandei na véspera para poder atingir este pico de treino que para mim era prioritário. Sem mais demoras, eis os dados que me fizeram chegar aos 141.26K, em cerca de 9 horas 24 minutos e 26 segundos de trabalho.

  • 06/Dezembro: 60 Minutos; 16.69K; 3:38/KM; Percurso Plano;
  • 07/Dezembro: 120 Minutos; 28.91K; 4:10/KM; Percurso Sobe e Desce;
  • 08/Dezembro: 85 Minutos; 21.20K; 4:02/KM; Percurso Plano;
  • 09/Dezembro: 65 Minutos; 15.71K; 4:11/KM; Percurso Sobe e Desce;
  • 10/Dezembro: 60 Minutos; 16.37K; 3:42/KM; Percurso Plano;
  • 11/Dezembro: 100 Minutos; 24.15K; 4:10/KM; Percurso Sobe e Desce;
  • 12/Dezembro: 70 Minutos; 18.23K; 3:52/KM; Percurso Plano;

Algumas notas importantes sobre esta semana que, para além de começar a uma 6ª feira e acabar a uma 5ª feira (irrelevante!), tem pelo menos dois fatores que a distingue das anteriores. A primeira é a ausência de percursos ondulados. Até aqui, vinha a considerar treinos “sobe e desce” aqueles que 90% do percurso era a subir e a descer. De preferência, descer a primeira metade e subir a segunda, ou vice-versa. Ora, como isso é algo quase impossível em treinos para lá da hora e meia, e tendo em conta a elevação dos treinos longos desta semana acima dos 200 metros, acho que faz mais sentido caracterizá-los do tipo “sobe e desce”.

O outro aspecto (e mais importante!) é que esta semana contou com dois treinos a roçar o meu limite anaeróbico (dias 6 e 10 de dezembro). Embora sejam os treinos de menos tempo, são também os de média mais rápida.

 

160K à vista, mas não para breve

Como já deixei claro na introdução deste artigo, a partir de agora deixa de ser objetivo subir ainda mais este patamar de quilómetros. Ao longo de todas estas semanas, fui oscilando entre o “aguentar” os treinos e o “sentir-me bem”. Creio que medi as adaptações de forma satisfatória, acusei desgaste como é natural, mas não julgo alguma vez ter arriscado um overtraining. Isto é um indicador para que na próxima vez que voltar a repetir este processo tenha uma “máquina” mais preparada para subir o patamar.

Porém, não me interpretem mal. Dizer que o patamar não vai mais subir, não quer dizer que vou saltar para a próxima fase do plano. Não! Como creio já ter deixado escapar em algum artigo, é meu objetivo levar esta fase 1 até à Maratona de Sevilha, a realizar-se em finais de fevereiro. No entanto, com o aproximar do grande desafio, é tempo de começar a reduzir a duração destes treinos e até, consoante as sensações, apertar um bocadinho os ritmos a ver se médias ligeiramente mais rápidas me deixam exatamente o mesmo “desconforto confortável” que é pretendido neste tipo de treinos. Até porque conto ter as pernas um pouco mais soltas. Seja pela redução da carga, seja por ter um maior ritmo competitivo.

Por falar em competição, esse é outro dos motivos que agora já não torna sensato apostar na quilometragem. À data do último artigo tinha em mente a participação na São Silvestre de Ovar e São Silvestre de Espinho (21 de dezembro e 4 de janeiro, respetivamente). Acontece que a oportunidade de obter uma marca nos 1500 metros e 3000 metros na pista (14 e 29 de dezembro, respetivamente) me pareceram demasiado boas para deixar passar, pois serão registos importantes para o meu trabalho futuro.

Resumindo, com competição durante 4 semanas seguidas, seria um erro continuar a carregar forte. Nas últimas semanas, todas elas abaixo dos 100K semanais, quase que fiquei limitado a treinos leves nos dias antes e depois das provas, colocando apenas um ou outro treino a ritmo aeróbico ativo durante a semana. Foi da maneira que tentei trabalhar mais um pouco a força e a técnica de corrida e a flexibilidade.

 

Meia Maratona de Viana do Castelo – O primeiro teste a sério

Sobre as provas anteriores, de um modo geral fiquei satisfeito com as minhas prestações e nem me passou pela cabeça pôr em questão o trabalho desenvolvido. Colocar logo tudo em causa é uma tentação que muitas vezes temos quando as coisas não correm como desejado. Ainda o ano passado, mais ou menos por esta altura, eu cometia esse erro. Ainda nesta minha análise às prestações recentes, tenho em conta que esta foi uma fase de competição “manhosa”, olhando às festas e aos exageros que se meteram pelo meio.

Por outras palavras, é a partir da segunda metade de janeiro que tenciono colher os frutos da árvore que tenho andado a abanar desde meados de agosto. Ao tratar-se de uma meia-maratona, Viana será o teste mais aproximado à Maratona de Sevilha que vou ter até lá. Uma prova (Viana) que aprecio bastante mas da qual tenho saído frustrado nos últimos anos, pelo que tenho razões a dobrar para quebrar o enguiço negativo.

Já em Fevereiro aponto para um ou dois desafios mais curtos e rápidos para fazer outro tipo de avaliações. Quer isto dizer que está garantido pelo menos um outro artigo sobre esta primeira fase do plano de Arthur Lydiard, antes de iniciar a segunda fase de trabalhos. Até breve 🙂

 

Imagem de Capa: Free-Photos do Pixabay

 

Ligado ao desporto desde pequeno, deixei definitivamente o futebol em 2016 para me dedicar afincadamente ao atletismo. Desde aí que muita coisa mudou na minha vida, a qual não imagino sem o desporto.

O Vida de Maratonista nasce então da minha paixão pelo atletismo, com contribuição especial da minha Licenciatura em Engenharia Informática, que me permitiu criar a solo este espaço de aventura e opinião, e torná-lo agradável a quem o visita.

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