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Treinar Ou Descansar Após A Maratona

A Maratona merece Respeito, os Verdadeiros Maratonistas ainda mais!

Cortar a linha de meta de uma maratona. O tão aguardado momento da conquista, da glória, da prova que somos mais fortes do que aquilo que pensávamos. Uma sensação indescritível, como por aqui já referi várias vezes.

Este momento único nasce a partir de um objetivo nosso. De uma motivação. Cada um tem a sua, e quem está de fora só tem que a respeitar, se não for capaz de a entender. Aliás, elas dificilmente criam atritos, e muitas vezes até ganham mais força quando se juntam.

Por outro lado, quando falamos da maneira como abordamos a maratona com vista a atingir o objetivo traçado, a história é outra. Não quero perder aqui muito tempo a falar daqueles que não cumprem o trajeto por inteiro e que depois vão até à meta receber a medalha e assumirem-se como maratonistas. Esses podem enganar os que lhe são próximos e viver com a consciência pesada que os outros atletas e as classificações eles não enganam.

Neste artigo, quero sim falar dos que se inscrevem numa maratona sem se preparam o mínimo dos mínimos para ela, não mostrando o mínimo de esforço nesse sentido. Daqueles que aparecem no dia para a fazerem em condições verdadeiramente miseráveis, desde o tiro de partida até à linha de meta. De todos os que se incluem nestes grupos e que a partir do momento em que cruzam a meta vão gozar de um “estatuto” que a outros exigiu tanta capacidade de superação e sacrifícios que transcendem o dia da prova. No meu entender, quem toma esta atitude está a banalizar o esforço e a superação dos outros atletas. A relativizar o misticismo da Maratona!

Há muito que procuro clarividência nesta matéria. Porque às tantas eu “não estou a ver o filme todo”. Como disse em cima, quando não se compreende, há pelo menos que respeitar. Mas eu gosto de entender as coisas. Daí estar a ter este desabafo. Na esperança que alguém me elucide.

Pergunto-me. Estarei a ser levado pelo meu espírito competitivo que me cega e faz passar ao lado de muitas outras coisas? Talvez! Precisamente por isso, nasce hoje este artigo. Se de alguma forma estiver a ser injusto com alguém, deem-me nas orelhas. No caso de concordar com o argumento apresentado é porque descobri um novo ponto de vista. Obrigado desde já!

Todavia, para haver debate, primeiro tenho que terminar a minha manifestação. Até para não correr o risco de ser mal interpretado. Aqui vai.

 

O grande desafio da Maratona

Naturalmente que o maior obstáculo da maratona é a sua distância. Uma quilometragem que exige muito de nós, quer a nível físico, quer a nível mental. A maratona é uma verdadeira prova de superação.

No entanto, esta superação também tem que ser devidamente preparada, já que é antecipada. Preparar significa treinar com o mínimo de regularidade, a fim de adaptar o corpo para aquilo que o espera no grande dia. A mim faz-me uma confusão enorme, salvo algum problema físico, constatar que há gente a demorar quase 15 minutos para percorrer 1700 metros, ainda antes de atingirem os 12K de prova?! Mas isto faz algum sentido? Digam-me em que medida!

Uma pessoa que vá correr a maratona, certamente que vai evitar caminhar ao máximo. Ora, estou em crer que se as organizações dessem tempo para isso, que algumas caminhavam os 42.195 metros. Serei o único a pensar que isto é brincar com o esforço de quem trabalhou meses a fio para a prova e para dar o seu melhor naquele dia?

Felizmente, nos dias que correm, estão na moda as caminhadas de 5K. Um tipo de “prova” que normalmente se realiza em simultâneo com corridas de 10K ou meias-maratonas. Ou seja, há mais do que condições para as pessoas se aventurarem por estas distâncias mais pequenas, irem evoluindo (ao mesmo tempo que saboreiam esse crescimento …), para mais à frente terem condições mínimas para desafiarem a maratona. Mas então, porquê haver pessoas a inscreverem.se na maratona com a consciência que se forem colocados nestas distâncias mais curtas são incapazes de as correrem na sua totalidade?! Qual o propósito?

 

Os grupos mais atrasados da Maratona

Quando vejo com maus olhos os que se inscrevem na maratona e aparecem no dia (e se for preciso até se gabam que a maratona é fácil e a fizeram sem treinos), é normal que o meu foco esteja a incidir sobre determinados atletas que ocupem os grupos mais atrasados. Se não têm preparação, não há milagres, para além de que o corpo vai pagar essa fatura a longo prazo!

Todavia, não pensem que com isto estou a meter no mesmo saco todos os atletas dos grupos mais atrasados. Claramente que não! Cada um se deve desafiar dentro daquilo que as suas capacidades o permitem, quer isso resulte numa prova em 2, 3, 4 ou 5 horas.

Para alguns atletas, fazer a prova abaixo de 4 horas é um excelente resultado. Para outros, mais de 3 horas é uma desilusão completa. É normal, pois não somos todos iguais. Cada um com as suas capacidades atléticas e com os seus métodos de trabalho. Mediante estas variáveis, façam-se os cálculos, criem-se as expectativas e depois logo se vê. A partir do momento em que seja notória a dedicação e o empenho, todos vamos ficar admiradores coma aquele maratonista.

De forma resumida, é isto que eu quero defender de forma veemente neste artigo e manifestar a minha revolta até prova em contrário. Isto é, que haja respeito por todos os verdadeiros maratonistas, aqueles que se preparam minimamente para a prova e a encaram com seriedade. Que no grande dia, a postura seja: “eu vou meter o ritmo para o qual treinei (que pode ser mais ou menos confortável, consoante o risco assumido), dar o meu melhor, e superar mais este desafio de vida. E não um discurso do tipo: “Eu vou-me mandar para a maratona e depois logo se vê se sou herói ou não.”

 

O compactuar das organizações com estes comportamentos

A perspetiva de negócio é tramada. Isto para não usar outro termo. Como quis dar a entender em cima, um atleta que faça a prova em 5 horas pode estar a fazer uma grande conquista, dependendo das suas condições físicas e psicológicas. Ser vencedor da prova não é sinónimo de ser aquele que teve uma maior capacidade de superação. Para se encontrar esse atleta seria preciso fazer um cruzamento da capacidade atlética e mental de cada um, e talvez colocar mais algumas variáveis pelo meio.

Contudo, na linha da frente não será possível encontrar atletas que não estejam minimamente preparados para correr os 42195 metros. Por outro lado, na retaguarda, a probabilidade de se encontrar alguém que se superou ou alguém que pretendia fazer da maratona uma brincadeira deverá rondar os 50-50. Percebo que os da frente só deem despesa à organização e os de trás é que são a fonte rentável do negócio. Porém, parece-me incorreto da parte das organizações apresentarem vídeos de conclusão do evento onde o último tem muito mais destaque que o primeiro. Fico feliz por a Maratona do Porto não ter feito isso este ano.

 

Ser Maratonista é algo muito especial!

Na linha de meta de uma maratona libertamos toda a tensão e nervosismo acumulados durante várias semanas. Na linha de meta de uma maratona, o rigor, o compromisso, e os sacrifícios de muitos dias, aliados à superação da distância, fazem-nos sentir verdadeiros heróis. Na linha de meta de uma maratona passamos a acreditar na concretização de muitas coisas que outrora julgávamos impossíveis. Na linha de meta de uma maratona existe uma brisa única que leva de nós tudo o que não queremos e deixa tudo aquilo que desejamos. Quer na alma, quer no corpo. Sim, as dores ficam, porque são a representação física do nosso empenho.

Perante tudo isto, tentem-me explicar o que eu ainda não consegui entender, ou então, por favor, não encarem esta prova tão especial com tanta leviandade, nem a tentem banalizar. Os verdadeiros maratonistas agradecem!

 

Ligado ao desporto desde pequeno, deixei definitivamente o futebol em 2016 para me dedicar afincadamente ao atletismo. Desde aí que muita coisa mudou na minha vida, a qual não imagino sem o desporto.

O Vida de Maratonista nasce então da minha paixão pelo atletismo, com contribuição especial da minha Licenciatura em Engenharia Informática, que me permitiu criar a solo este espaço de aventura e opinião, e torná-lo agradável a quem o visita.

Este artigo tem 8 comentários

  1. Este ano fiz a minha primeira maratona. Comecei a correr à 3 anos e ambicionava fazer la mas nunca me senti preparada. No ano passado fui ver a chegada da maratona depois de ter feito os 15km, e comoveu me de tal forma que quis ser um daqueles maratonista. Em Janeiro deste ano decidi que ia fazer a maratona do Porto. Casei em Julho e quando regressei no fim do mês comecei a preparação. Foram 3 meses de preparação quase sempre sozinha mas sempre com o objectivo em mente. Sinceramente não ia com tempos defendidos, tinha me preparado para fazer a prova a média de 6min/km. A 3 semanas da prova tive uma pequena lesão no pé e tive que abrandar imenso. Mas decidi fazer a prova. Consegui em 4h53 minutos. Para mim foi muito bom tendo em conta os contratempos que tive na preparação. Não parei, porque uma corrida, seja de 10km ou de 21km ou a maratona o desafio é correr e não caminhar.
    Agora concordo com o que foi dito e custou me muito. Como ia mais atrás por ser mais lenta senti me desiludida ao passar nos pontos de abastecimento e ver pessoas paradas a comer. Acho que não faz sentido.
    Correu aquela meta com o melhor dos sorrisos acreditem e orgulhosa por ser maratonista independentemente do tempo que fiz.
    Apesar de ser mais lenta, consegui cumprir o objectivo e o tempo neste caso é muito relativo.

    1. Olá Sara Machado,
      Antes de mais, obrigado pela visita aqui ao espaço e pelo comentário.
      Posto isso, tenho a dizer que gostei bastante de ler a sua história.
      Num primeiro momento, achei curiosa a forma que a levou a decidir-se a fazer a maratona. Creio que a sua sensibilidade perante o que estava a assistir demonstra bem o quanto esta prova é especial.
      Depois disso, porque a sua história é precisamente um exemplo de como eu acho que a maratona deve ser encarada. Ou seja, com dedicação, empenho e os sacrifícios necessários. Como eu tento dizer aqui, não se trata de ser mais rápido ou mais lento, pois isso é relativo às capacidades de cada um, mas sim do agarrar um desafio tão especial sem ser em tons de brincadeira. Não apenas por respeito à prova, mas, acima de tudo, por respeito aos que trabalharam a sério para serem maratonistas e que muitas vezes vão ao lado dessas pessoas.
      Bem-vinda ao “clube” dos Maratonistas 😀 E se fez a prova de domingo, talvez ainda tenha mazelas da mesma. Mas isso passa, já o orgulho que relata ter sentido, esse fica para sempre como 🙂

  2. Excelente crónica. Tenho que dar a mão à palmatória, o ano passado fiz a maratona do Porto sem qualquer preparação e paguei bem cara a factura. Corri bem até aos 35 km e fiz os últimos 7 km a passo. Este ano começei a treinar com 4 meses de antecedência e fiz à maratona do Porto sempre a correr até ao fim. Não fiz os treinos todos que tinha no plano de treinos, mas evoluí muito graças a isso. Por isso estou de acordo contigo, o treino é fundamental não somente por uma competitiva, mas também para termos a noção do ritmo que devemos e podemos aplicar nas variadas distâncias (10,15,21 e 42 km).

    1. Olá Nicolas,
      antes de mais, obrigado pela visita e comentário aqui ao Vida de Maratonista.
      Em relação ao seu veredicto, pergunto: mas trazias de trás alguma preparação de outros meses e outras provas, ou não? Fazer 35 Km sem qualquer tipo de preparação é muito bem gerido 🙂
      A questão das mazelas era uma questão que eu também era para abordar aqui, mas o artigo já ia algo longo e optei por não fugir muito ao tema principal. A preparação é importante não apenas para a prova, mas para o pós-prova/recuperação. Afinal, ao treinarmos estamos a preparar melhor o corpo para as exigências de uma prova destas.
      Relativamente aos treinos/provas, acho que é mesmo isso. Mas nem que não seja para ritmos, as distâncias inferiores servem pelo menos para provar que conseguimos correr essas mesmas distâncias antes de nos aventurarmos na Maratona 🙂

  3. Olá 🙂
    Também eu fiz no domingo a minha primeira Maratona 🙂 4h36 foi o tempo que levei a fazer os 42,195k e, para além de em momento algum me ter passado pela cabeça caminhar, parar ou desistir, encurtar caminho e receber uma (falsa) medalha, também é verdade que nunca rocei sequer o dito “muro” ou me senti a esgotar forças físicas ou psicológicas. Não tive (grandes) mazelas nos dias seguintes e, inclusive, a massagem agendada com o meu fisioterapeuta serviu mais para contar a minha (maravilhosa) experiência do que, propriamente, para “desempenar” os músculos. E quando conto isto a quem me pergunta como estou e lhes digo que “muito bem! Foi como se tivesse ido só fazer mais um longo”, todos perguntam “prq?”. E eu acho que as minhas fotos da meta dizem tudo (mesmo que só eu é que saiba o verdadeiro motivo). Cortei a meta num pranto pegado e com um grito que me saiu aqui bem de dentro (fotograficamente é só uma coisinha muito deprimente, credo!!), mas não porque viesse num sofrimento enorme ou porque queria que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível. Todo aquele choro e expulsão de adrenalina vinham de 10 longos meses de treinos de corrida (curtos, longos, médios, assim-assim, sofridos,acalorados, molhados, intermináveis,dolorosos e muito, muito solitários), treinos de reforço muscular (abençoado sejas, Mário Rui!), muitas massagens de fisioterapia ( e tu tb, André Viegas!), muito despertador a tocar ás 5:30 da manhã, muita noite serrada quando saía para a rua, muita gente a não me perceber, muito pouca a incentivar e, finalmente, muito foco e crença em mim (o que foi a maior revelação e conquista pessoal, talvez por ser a mais susceptível a se querer ir embora quando o “difícil” ou o “duro” apareciam).
    Tudo isto só para dizer que percebo muito bem a ideia do teu texto, impossível não achar que haverá mesmo uma falta de consideração por quem age como se a maratona fosse só mesmo um “chegar e virar”, um “eu é que sou o maior” ou um “deixa lá ver o que é que acontece”… Só que também acho que quem o faz dessa forma não vê em momento alguma essa desconsideração e nunca perceberá o teu desabafo(mas, também nunca viverá esse momento como eu ou tu o vivemos, e isso já é ficar muito a perder 😛 ). Se servir de algum conforto ( a mim, pelo menos, dá 🙂 ), quem vive todo este processo e esta preparação com a consciência, o cuidado e o esforço que ele merece, reconhece-se em cada uma das tuas palavras e sabe que, no seu caso, a prova maior de todas a provas será sempre única e muito, mas muito especial!

    1. Olá Ângela Gaspar,
      antes de mais, muito obrigado pela visita e primeiro comentário aqui no espaço Vida de Maratonista.
      Agora, um obrigado de outro nível. Um obrigado pelo excelente relato, que eu cá adorei ler. Fico feliz em saber que depois de toda essa entrega por 10 longos meses (10??? nossa!!!) tudo correu da melhor maneira no grande dia, tornando assim a experiência incomensuravelmente especial 😀 Eu às vezes tento exprimir por palavras aquilo que sinto ao cortar a meta de uma maratona, mas é muito complicado …

      (desculpe, mas a resposta acho que vai ser longa ahahah)
      Como ia a dizer, não é a primeira pessoa a concordar comigo. Porém, tenho lido vários comentários opostos a este meu sentimento, que por momentos me questiono se realmente me expressei mal, ou o porquê de estarem a defender quem não se aplicou o MíNIMO para aquele dia e andou ali no meio, numa prova que tem tanta mística, quer pela distância, quer por aquilo que a maior parte dos presentes transporta consigo desde há vários meses. É certo que também já tive vários feedbacks que sentem exatamente aquilo que expressei aqui, mas confesso que o seu, talvez por ir mais ao detalhe nos pontos todos, fez-me sentir mais tranquilo. Mais compreendido. Porque eu identifico-me com tudo o que refere. Com a recuperação rápida nos dias seguintes (resultante de uma boa preparação), com nunca ter batido no muro (já tive pequenas quebras, mas foi porque abusei um pouco), e mais importante, por todos esses sacrifícios feitos ao longo de tanto tempo. A chuva, o frio, os horários, o calor, os contratempos e, não acontece com todos mas também me identifico consigo neste aspeto, muitos treinos a solo!

      Obrigado também pelas palavras de conforto. O meu processo e a minha superação são bastante superiores ao tema que resultou neste artigo. Como a Ângela diz, nós temos tudo a ganhar em relação a essas pessoas, e acredito que a nossa sensação seja totalmente diferente (muito mais especial). Aliás, eu já tive momentos bastante difíceis na maratona, sendo precisamente nesses momentos de maior aperto e dificuldade que nos lembramos de todo o trabalho e dedicação que vem de trás. Eu falo por mim, muitas vezes é isso que me aguenta, que me faz ir … e ir … e ir …. e quando todo este acumular explode na linha de meta é realmente fantástico e emocionante 😀

      De volta ao assunto que fez nascer este artigo, eu felizmente tenho tido oportunidade de correr maratonas lá fora. Mas como sou de Gaia e adoro a maratona, no dia da do Porto desloco-me até lá. É raro ir ver outras provas, mas na Maratona do Porto estou lá, precisamente por reconhecer a sua exclusividade enquanto prova. Sem estorvar ninguém, até costumo meter-me lá no meio para fazer o meu treino e apoiar os amigos e todos os outros atletas. Este ano, um amigo até me solicitou companhia por volta dos 35K, eu ajudei-o e fiquei feliz por isso. De volta ao assunto, já o ano passado tinha ficado sensibilizado para esta situação que falo no artigo. Porque eu quando vou a competir não vejo nada, mas quando sou espectador e estou a treinar já reparo em mais coisas. E fez-me realmente muita confusão! Este ano igual. Eu não sei se é certo ou errado, mas sei o que sinto. E o que sinto é ser injusto e uma falta de respeito para todos os que trabalharam para superar aquele dia, deixando-me indignado.

      E pronto. Peço desculpa por tão longo comentário e por ter metido outras referências pelo meio, mas a sua experiência feliz contada ao detalhe acabou por puxar por mim e resultar neste longo texto. Muito Obrigado Ângela pelas palavras, parabéns pela prova, e continuação de boa recuperação. Sim, porque se as dores físicas não existem, internamente o nosso corpo tem de continuar a recuperar de todo o esforço 🙂

  4. Boa noite,
    cheguei a este espaço por “cruzamento” de perfis no Instagram e devo dizer que me sinto muito agradado com isso.
    Encontro aqui alguém capaz de partilhar e de transmitir o que é verdadeiramente uma maratona. E mais: como me sinto feliz por alguém partilhar a ideia de que uma maratona deve ser levada muito a sério.
    Para mim, é a prova. Por tudo e porque representa, como bem diz, a prova de que se consegue tudo: em novembro de 2016 pesava 118 kg, de lá para cá, com muito esforço e com uma enorme paixão pela corrida e pelo desporto, mudei a minha vida, reeduquei a minha alimentação (sem cortes ou adições de produtos “venenosos”) e corri. Corri sem destino. Corro seis dias por semana e ainda faço trabalho de reforço muscular que fui adaptando às minhas necessidades e em minha casa.
    Passados 2 anos e meio, já corri 32 provas oficiais, entre as quais 2 maratonas e 6 meias maratonas. São as minhas provas de eleição e, sobretudo, a maratona é a prova para a qual vivo. A primeira foi em novembro de 2018 no Porto com 03h33m e a segunda em abril de 2019 em Aveiro com 03h49.
    Neste momento, peso 74 kg.
    E isto para dizer o quê? Que se há coisa que detesto é ver gente a abastecer parado nos postos de abastecimentos de maratonas. Só para se as minhas necessidades fisiológicas ou algum problema de saúde a isso me obrigar. Nesse sentido, percebo perfeitamente as pessoas que param porque não dá mais, mas não percebo de todo quem para porque lhe apetece. Não é assim, não funciona assim.
    Caso queira saber um pouco mais de mim, pode sempre aparecer nos meus espaços:
    Instagram: https://www.instagram.com/joao.cb.silva/

    Blogue: https://exgordoatualmaratonista.blogs.sapo.pt/eu-ex-obeso-me-confesso-455

    Youtube: https://www.youtube.com/channel/UChrIjGJPA_Wayhe5qypQnmQ

    Terei todo o gosto em recebê-lo. Do seu já fiquei fã.

    1. Olá João 🙂

      Sobre a tua opinião e este artigo em si: fico contente em saber que partilhas da mesma opinião. Sinceramente não tenho mais nada a acrescentar ao que disse no artigo, em comentários anteriores e ao que tu referes. Apenas reforçar que é isso: a maratona é uma prova de muito respeito e símbolo de muito empenho, dedicação e sacrifício para os verdadeiros maratonistas ao longo de toda uma preparação. É uma festa! Mas neste sentido que acabei de dizer! Não uma brincadeira ou uma passerelle.

      Posto isto, fico contente em saber que gostaste deste espaço 🙂 e desculpa a resposta tardia a este comentário, mas não tive muito tempo nos últimos dias para o Vida de Maratonista.

      Em relação ao teu blog, ainda só tive oportunidade de ler o artigo cujo link deixaste aqui. Uau! Fiquei impressionado com a diferença. Fizeste-me lembrar uma outra pessoa que conheço e que agora está irreconhecível devido ao peso perdido. Mas lá está, não sendo a primeira vez a que assisto a uma mudança destas, não é por isso que fico menos surpreendido.
      Vou também seguir o teu blog e acompanhar as tuas aventuras pois, à semelhança do meu, creio que por aí vou encontrar a partilha de experiências que te são exclusivas, como aliás todos nós temos 🙂

      Abraço e Boas Corridas!

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