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Maratona Budapeste - Missão 2:30

Maratona Budapeste: Missão 2:30 – Semana de Treino 9

A penúltima semana de treinos para a Maratona de Budapeste ficou marcada pelo meu regresso à competição, como previamente anunciado. Depois disso, foi recuperar, recuperar e recuperar. Para além da prova ter sido muito exigente, por esta altura é quase obrigatória a diminuição do tempo de treino diário e, mais importante do que isso, a intensidade do mesmo, com vista a estar o mais fresco possível no grande dia!

 

Meia Maratona de Viseu – Um desafio à medida da Maratona!

Foi um desafio e pêras! Tinha dito aqui, na antevisão desta semana 9, que pretendida fazer uma média de 3:33/km nesta prova. Um marco que significaria um recorde pessoal na distância, assim como o cumprimento do ritmo que pretendo imprimir em Budapeste.

Acontece que esta missão em Viseu fracassou! Porém, isto pouco ou nada muda em relação ao que tenho em mente para a prova do próximo dia 7 de outubro, na Hungria. Digo isto porque esta prova da EDP Running Wonders (bem organizada, diga-se!) foi feita sobre duas circunstâncias muito especiais.

A primeira diz respeito ao percurso. A “Corrida da Emoção” é de facto bastante dura. Mais do que eu esperava. Um sobe e desce constante que dificulta a imposição de ritmos contínuos, muito paralelo e alguns retornos nas inevitáveis rotundas da região. A prova é bela, mas exigente neste aspeto.

A segunda circunstância diz respeito ao calor que se fez sentir naquele dia. Não sei valores ao certo, mas creio que já por volta das 10h30 estariam cerca de 25º, que depois devem ter escalado.

Estes dois aspetos fizeram da Meia Maratona de Viseu um verdadeiro desafio, quer físico, quer psicológico. A parte boa? Ao ter sido superado, dá um estofo muito grande para a maratona, tendo em conta as dificuldades apresentadas. A parte má? Exige mais tempo de recuperação. Felizmente, já estava estipulado que iria ter um resto da semana soft, pelo que creio não ter saído muito prejudicado. Vamos ver como responde o corpo amanhã.

Resumindo, foi um desgaste muito grande a 15 dias da maratona e cuja missão inicial não foi cumprida. No entanto, foi um esforço que me deu ritmo competitivo, uma maior capacidade de superação para Budapeste, pois vou certamente lembrar-me de Viseu durante a maratona, e que me valeu um excelente 10º lugar na classificação geral, o que também funciona como boost na minha motivação, tendo em conta os bons nomes que estavam em prova. Por tudo isto, Viseu valeu a pena!

 

Recuperação em marcha

Como já referi, por esta altura basicamente só existem duas palavras na estrada: competir e recuperar. Volta e meia aproveito para fazer algumas acelerações, mas nada para além disso. Os treinos bi-diários já quase não existem e os quilómetros não param de diminuir.

Depois de na quarta semana ter colocado aqui o meu total de quilómetros das primeiras 4 semanas, apresento agora os das cinco seguintes:

  • Semana 5: 126.25 KM
  • Semana 6: 141.88 KM
  • Semana 7: 150.46 KM
  • Semana 8: 99.58 KM
  • Semana 9: 93.91 KM

A redução drástica entre a semana Rainha e a semana oito é evidente e tem como explicação a Meia Maratona de Viseu posicionada logo no arranque desta nona semana. Caso contrário, teria feito mais alguns quilómetros na oitava semana, ainda que a baixo ritmo. Só para a diferença não ser tão significativa.

Já na semana (última do plano) que amanhã se inicia, ela terá ainda menos tempo na estrada.

 

Uma prova rápida para finalizar

Com a recuperação gradual em marcha das exigências deste plano, a procura dos ritmos competitivos serve, por esta altura, para também colocar o corpo em sentido e não o deixar habituar-se à malandrice. Todavia, sempre a diminuir!

Com esta ideia em mente, se no passado domingo foram mais de 21K intensos, amanhã são mais 10K para finalizar o grande esforço. Este domingo, vou fazer a minha estreia na Corrida da República, que já vai na sua 5ª edição.

O objetivo, como já tinha deixado escapar no artigo da semana passada, é correr a um ritmo consideravelmente mais rápido que o ritmo objetivo para Budapeste. Com maior ritmo e intensidade no dia de amanhã, quando chegar a maratona e o ritmo for mais lento, o meu corpo estará mais à vontade. Pelo menos assim pretendo que seja, durante o maior número de quilómetros possível da mítica distância.

 

Conclusão

Desiludido com o registo em Viseu, mas consciente das adversidades que tive pela frente, e iludido pela boa classificação alcançada, continuo a acreditar no sucesso desta Missão Budapeste.

Amanhã, já vou juntar mais algumas ilações. Depois disso, vou ficar apenas apreensivo em relação a outras questões como as condições meteorológicas do grande dia, o percurso, a partida e coisas assim.

Afinal de contas, tudo tem influência no nosso desempenho. Algumas coisas conseguimos controlar, outras não, e com o aproximar da maratona é normal pensarmos em tudo e mais alguma coisa, cada vez com mais frequência. Embora o foco deva ser naquelas que dependem de nós.

A tensão também não pára de crescer por esta altura, o que encaro com perfeita naturalidade. Para além de não ser uma sensação nova (não é a minha primeira maratona!), não se pode esperar outra coisa quando assumimos objetivos e treinamos arduamente para eles, durante muitas semanas, para dar tudo naquele momento que se aproxima e que tem tanto de duro como de mágico. Pura e simplesmente faz parte do processo.

É tudo sobre esta nona semana de trabalho. Boas provas para quem for competir este fim de semana. A quem estiver na Corrida da República, vemo-nos lá 🙂

Nota: Caríssimos seguidores, o artigo referente à ultima semana de treinos (10) provavelmente será publicado ainda antes da mesma terminar, tendo em conta que depois de viajar para Budapeste me será complicado escrever e publicar o dito cujo. Até lá!

 

Ligado ao desporto desde pequeno, deixei definitivamente o futebol em 2016 para me dedicar afincadamente ao atletismo. Desde aí que muita coisa mudou na minha vida, a qual não imagino sem o desporto.

O Vida de Maratonista nasce então da minha paixão pelo atletismo, com contribuição especial da minha Licenciatura em Engenharia Informática, que me permitiu criar a solo este espaço de aventura e opinião, e torná-lo agradável a quem o visita.

Este artigo tem 2 comentários

    1. Quanto mais não seja, os resultados assim o indicam, pois nunca tinha ficado a menos de 10 minutos de atletas como o Paulo Paula numa meia maratona 😀

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