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Maratona Budapeste - Missão 2:30

Maratona Budapeste: Missão 2:30 – Semana de Treino 8

A oitava semana de preparação para a Maratona de Budapeste ficou marcada pela conclusão dos treinos duros e específicos rumo a este grande desafio. Amigos, acabaram! Isto quer dizer que, desde esse momento, os principais focos desta preparação mudaram. E sabem que mais? Cheira a competição!

 

Treino Fartlek de 22K para a despedida

Um treino que já começa a ser tradição. Fiz-lo antes de competir em Amesterdão, Valência, e agora antes de Budapeste. Se da primeira vez correu na perfeição, o ano passado nem por isso, e este ano foi pouco melhor que da última vez. Eis a proposta e os resultados alcançados no treino matinal da última 3ª feira:

22K Alternados (1K a 3:56/KM alternado com 1K a 3:22/KM)

Ritmo médio alcançado no total dos 11K propostos a 3:56/KM: 4:03/KM

Ritmo médio alcançado no total dos 11K propostos a 3:22/KM: 3:31/KM

 

A verdade é que quanto mais cedo começamos a falhar os objetivos de um treino, mais cedo o treino se torna sofrido. Como facilmente se percebe, os ritmos fugiram ao pretendido. No entanto, agarrei-me ao facto de ser o último treino duro desta missão para o cumprir até ao fim. Não tinha vacilado até ali, pelo que também não seria na despedida que o iria fazer.

Motivos para os resultados alcançados? Encontro dois!

  • O peso dos 150K da semana anterior.
  • A dúvida que começou a tomar conta de mim de amanhã poder pagar em demasia o desgaste da última 3ª feira. Inconscientemente, isto pode-me ter inibido um pouco.

Atenção! Isto não quer dizer que esteja arrependido da minha escolha. Não é isso! O ideal é amanhã conseguir cumprir o objetivo ainda sem estar totalmente recuperado dos treinos das últimas semanas. Será sinal que na maratona, onde estarei mais fresco, terei mais condições para correr toda a distância ao ritmo pretendido. Simplesmente, 3ª feira não consegui dominar a ideia daquele treino interferir em demasia na prova de amanhã.

 

Entrada na fase da competição

A conclusão dos treinos mais específicos não significa que vou andar a passear na estrada até ao dia 7 de outubro (dia da Maratona de Budapeste). Significa sim que agora vou à procura de um outro estímulo que considero importante para o grande dia, o qual ainda não treinei até esta altura. Refiro-me ao ritmo competitivo. Aquele que só as provas me podem oferecer.

A pensar desta forma, desta vez não inclui provas durante todo o plano, reservando-as para reta final do mesmo. Não sei se são boas ou más escolhas. Certo é que na minha cabeça soa bem fazer uma meia-maratona duas semanas antes da maratona e, se possível, uma prova mais rápida (10K) no fim de semana anterior.

Nem sempre é possível, mas desta vez lá arranjei o que queria. Amanhã, vou estar presente pela primeira vez numa prova da Running Wonders. Nomeadamente, a Meia Maratona do Dão (Viseu). O objetivo? Concluir a prova com média igual ou mais rápida que 3:33/KM. Primeiramente, por ser o ritmo-objetivo para Budapeste. Em segundo lugar, por significar um novo recorde pessoal nesta distância.

Em relação ao domingo seguinte, será assunto para o próximo artigo. O objetivo da prova mais rápida na semana anterior visa provoca desconforto para sentir conforto no dia da maratona. Faço-me entender? Ritmos mais rápidos na prova de 10K para que os mais lentos na prova dos 42.195 metros em Budapeste sejam feitos da maneira mais confortável possível.

Como se costuma dizer: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A meu ver, isto aplica-se na perfeição aos ritmos de treino e de competição.

 

O falso tapering

A expressão “tapering” é muito comum entre maratonistas e uma técnica abordada por muitos atletas nos dias que antecedem o grande evento. No último artigo, falei que ainda não era altura de aliviar a carga dos treinos mais lentos e de recuperação. Erro meu, pois não foi isso que fiz durante esta semana, já depois de analisar novamente o plano e de relembrar que tinha uma competição à porta.

Por outras palavras, já desde domingo que tenho vindo a reduzir ligeiramente o tempo na estrada dos treinos mais lentos e de recuperação. Neste aspeto, talvez seja correto dizer que foi uma semana de falso tapering. Nos últimos dias, tenho rolado na casa dos 50 minutos / 1 hora, o que já é menos do que fazia antes e, aliado ao término dos treinos exigentes, suficiente para o corpo sentir o abrandamento.

Eu não consigo adivinhar as sensações que vou ter amanhã. Independentemente disso, certo é que o corpo já não se “andou a arrastar” nos últimos dias, como era bastante frequente nos treinos de transição entre os dias mais específicos.

 

Conclusão

Ainda que o último treino duro para Budapeste não tenha corrido como desejado, por esta altura já não há nada para lamentar ou para corrigir nesse aspeto. Melhor ou pior, o que tinha que ser feito nesta parte específica da minha preparação já está. Ponto final parágrafo!

Posto isto, resta-me: descansar muito bem; esperar que o corpo absorva todos os estímulos a que foi sujeito nas últimas semanas de treino árduo; alimentar-me o melhor possível e sem grandes exageros (este segundo ponto é uma das partes mais difíceis …); ir à procura dos ritmos competitivos e desfrutar do regresso à competição;

E depois venha o grande desafio da Maratona de Budapeste 😀

A quem amanhã estiver em Viseu, até lá! Quem não estiver, voltamos a falar no artigo da próxima semana 🙂

 

Ligado ao desporto desde pequeno, deixei definitivamente o futebol em 2016 para me dedicar afincadamente ao atletismo. Desde aí que muita coisa mudou na minha vida, a qual não imagino sem o desporto.

O Vida de Maratonista nasce então da minha paixão pelo atletismo, com contribuição especial da minha Licenciatura em Engenharia Informática, que me permitiu criar a solo este espaço de aventura e opinião, e torná-lo agradável a quem o visita.

Este artigo tem 2 comentários

  1. A meu ver tens muitos treinos com ritmo de séries/fartlek a rondar os 3:30 e 3:40 e poucas séries ou ritmos intensos com tempos de cadências abaixo dos 3:20/3:15. Acho que de futuro tens que pensar em intensificar mais as séries no ritmo. Poderá ser mais benéfico fazer 6x2000m a ritmo 3.20 e 10x1000m a 3:25 com 1′ int e depois rolares a ritmos de 4:00/ 4:10 60 a 90 min para manter o endurance. Neste momento só te falta mais velocidade para atacares as 2h30 porque o endurance já o tens. É uma opinião! 😉

    1. Com a parte final do teu comentário eu concordo e são as minhas intenções futuras. Mas nesta altura de preparação para a maratona eu não ia estar a treinar isso, tinha que ser específico, daí tantos treinos nesta casa de intervalos 🙂

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