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Maratona Budapeste - Missão 2:30

Maratona Budapeste: Missão 2:30 – Semana de Treino 6

Como previsto, a minha sexta semana de treinos a pensar em Budapeste ficou marcada por treinos específicos mais evoluídos de outros colocados em prática em dias anteriores. Por esta altura, o plano atravessa a sua fase mais exigente, pelo que o desgaste é muito. Porém, as prestações satisfatórias nos treinos e o saber que já falta pouco para começar a abrandar têm-me mantido psicologicamente em alta.

 

Quando o treino para a maratona começa a fazer mossa

Ainda não tinha abordado este tema nesta rubrica, mas esta parece-me ser a altura indicada para o referir. Falo do desgaste físico e psicológico acumulado ao longo das várias semanas de treino e que começa a fazer mossa. Quem já treinou seriamente para uma maratona sabe bem do que falo, pois isto é natural acontecer. Como várias pessoas afirmam:

 

O difícil não é fazer a maratona. O difícil é treinar para a maratona.

 

Não me refiro ao cansaço exclusivo do treino, mas sim àquele que se faz sentir ao longo de todo o dia e que muitas vezes nos retira a vontade para treinar e para fazer outras tarefas. O cansaço é evidente, assim como uma maior sensibilidade no nosso humor e disposição. Isto faz parte. Assim como é nossa responsabilidade combater isto se queremos ter sucesso.

Por outras palavras, psicologicamente temos que nos manter em alta. Quando os treinos estão a correr bem, isso por si só funciona como um grande boost neste desafio. Quando isso não acontece, aí é essencial procurar outras formas de ir à procura da motivação necessária. Seja participar em provas, mudar o tipo de treinos, os horários, e até mesmo procurar atividades extra-atletismo que nos ajudem a relaxar a alma e o corpo. É uma questão de irmos experimentando e percebendo o que funciona connosco.

Note-se também que não somos todos iguais. Pessoalmente, por esta altura, os resultados satisfatórios dos treinos, o facto de saber que estes estão quase a terminar, e o “calo” e resiliência que tenho vindo a adquirir desde que ingressei no atletismo são os ingredientes necessários para enfrentar este desgaste.

 

A evolução dos treinos específicos longos

De volta ao tema dos treinos, lembram-se de na quarta semana deste plano ter tentado fazer 5 x 4K, com intervalos de descanso moderado de 1K de distância? Pois bem, esta semana, esse treino evoluiu para:

4 x 5K (ritmo de 3:31/KM), com intervalos entre séries de 1K (ritmo de 4:04/KM)

Ou melhor, isto era o estipulado, mas os resultados acabaram por ser:

Em cada repetição de 5K (por esta ordem): 3:34/KM; 3:39/KM; 3:33/KM; 3:39/KM;

Em cada 1K de intervalo entre repetições (por esta ordem): 4:17/KM; 4:06/KM; 4:08/KM; 4:00/KM;

Mais importante para mim do que entrar nas linhas pretendidas era dar uma resposta positiva e provar a mim mesmo que a quebra na “primeira forma” deste treino não tinha passado de um mau momento meu devido a desgaste e às condições meteorológicas dessa altura (muito calor nesse dia …). E isso, eu desta vez consegui!

Custou a engrenar no início, mas depois, melhor numas alturas, menos bem noutras, os ritmos lá foram entrando. Durante grande parte este treino tive a sensação que estava a sprintar, mas a verdade é que conseguia sprintar os 5K. Não é qualquer um que tem esta sensação de sprint em distâncias tão longas ahahah

Na altura em que preparei este plano tinha estipulado uma terceira forma deste treino que seria 3 x 7K, com intervalo de 1K moderado, a ritmos semelhantes a estes. Todavia, recentemente cheguei à conclusão que não faria sentido. Dentro de duas semanas, altura em que ia realizar esta terceira forma,, explicarei o porquê desta decisão.

 

Do fartlekt curto para o médio

Os mais atentos devem estar recordados que na quarta semana também houve fartlek curto. Pois bem, agora passou a ser médio, e ainda há de vir a ser longo. Ontem, pus em prática a sua segunda forma. Assim:

20 x 2 minutos específicos (ritmo de 3:31/KM), com intervalos de 1 minuto moderado (ritmo de 4:08/KM).

A velocidade não foi muito alta como se percebe. Todavia, muito provavelmente devido ao desgaste do treino de 3ª feira, senti desde logo a necessidade de forçar o andamento para entrar nos ritmos pretendidos dos 2 minutos. Foi o treino todo assim.

Por seu lado, o minuto moderado de intervalo passa tão rápido que quase nem dá para relaxar, sob risco de ficar demasiado lento. O mesmo serve para recuperar um pouco a respiração e voila, siga para mais uma repetição, ao mesmo tempo que o corpo vai aprendendo a recuperar melhor nestes momentos curtos de ritmo moderado.

 

Conclusão

Sem muito mais a dizer sobre estes últimos dias (muito cansado …), amanhã tem início a “semana Rainha” deste plano. Aquela onde será atingido o pico de esforço desta Missão Budapeste, para depois então começar a abrandar. Antes de pensar se quer nos treinos duros que tenho pela frente, o mais importante é recuperar bem para eles, sem aliviar ainda a carga.

Como tal, em vez de possíveis treinos bi-diários mais curtos, opto pela inclusão de treinos médio-longos (60 a 90 minutos), mas igualmente lentos, nestes dias de transição e recuperação ativa. O espírito continua forte e isso é o mais importante. Siga para a grande semana 😀

 

Ligado ao desporto desde pequeno, deixei definitivamente o futebol em 2016 para me dedicar afincadamente ao atletismo. Desde aí que muita coisa mudou na minha vida, a qual não imagino sem o desporto.

O Vida de Maratonista nasce então da minha paixão pelo atletismo, com contribuição especial da minha Licenciatura em Engenharia Informática, que me permitiu criar a solo este espaço de aventura e opinião, e torná-lo agradável a quem o visita.

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